A função principal do óleo do motor, claro, é lubrificar as partes móveis evitando o atrito entre as partes. O óleo também possui a capacidade de trocar calor com as paredes dos cilindros, auxiliando o sistema de arrefecimento do motor, além de dispersar resíduos parar evitar que estes venham a desgastar o motor.
É comum as pessoas ao trocarem o óleo do motor, se depararem com a dúvida de qual o melhor óleo a se utilizar? De imediato, surgem diversas verdades e mitos, muitas vezes criados pelos próprios mecânicos/funcionários de centro automotivos e postos de gasolina Brasil afora.
A mais importante coisa que se deve saber é o tipo e óleo indicado pela montadora para o seu carro no manual do proprietário. O uso de óleo inadequado pode trazer muitos problemas e reduzir drasticamente a vida útil dos componentes do motor. Se for usado, por exemplo, um óleo menos viscoso do que o recomendado pela montadora, haverá problemas com a formação do filme de óleo entre as paredes dos cilindros e pistões, que impede o atrito entre as peças.
Caso seja usado um óleo mais viscoso que o recomendado, mais energia será demandada da bomba de óleo, diminuindo sua vida útil além de possíveis problemas na partida a frio do motor.
Além disso, você deve ficar atento às siglas presentes na embalagem, como a SAE (sigla em inglês para Sociedade de Engenheiros Automotivos), que indica os testes de viscosidade, e API (sigla em inglês para Instituto Americano de Petróleo), que mostra os níveis de desempenho do óleo.
No caso da sigla SAE, quanto maior o número, maior a viscosidade para o óleo suportar temperaturas mais elevadas – a viscosidade, neste caso, pode ser definida como a resistência ao escoamento. A medição é exibida na embalagem em duas escalas: uma de baixa temperatura (de 0W a 25W, com o “W” fazendo referência à palavra inglesa “winter”) e outra de alta temperatura (de 8 a 60).
O primeiro número indica a viscosidade na partida com o motor em temperatura ambiente, onde quanto mais baixo for esse número, menor será o esforço do motor na hora de dar a primeira partida. Já o segundo número representa a viscosidade na partida com o motor em temperaturas mais altas, onde quanto maior for esse número, maior será a viscosidade quando o óleo está em altas temperaturas.
Já a API segue os graus de severidade das condições de trabalho que os motores são submetidos.
Neste caso, as especificações são divididas em duas categorias: “S”, de service, para motores de ciclo Otto (a gasolina, a etanol, bicombustível ou a gás natural) e “C”, de comercial, para motores de ciclo Diesel, acompanhado de outra letra, onde quanto mais avançada for a segunda letra no alfabeto, melhor será o lubrificante em aditivação, proteção ao motor e capacidade de impedir